quarta-feira, 28 de outubro de 2009

As defesas desabaram, eu estou de novo em "despida", sem armas, a sangrar de tal forma... Julgava ter cessado algo dentro de mim, sentia que agora já nada queria, já nada iria sentir quando alguns factos me viessem ter ás mãos, mas a verdade é que não foi isso que se passou, não é isso que senti. As palavras funcionaram como punhais, cada uma magoava mais do que a anterior.... A pergunta é; porque sempre eu? mas será que eu não consigo ser bem sucedida uma vez que seja, naquilo que me meto, nas relações que tenho??
Já lá vão uns bons dias que não me sentia assim, que não deitava uma única lágrima por ti....

Doí, alguém que pare isto.... Por favor...

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Depois de mais uma quinta-feira passada com os ânimos a saltarem a flor da pele no final da noite, muito há para ser dito e muito pouco...
por vezes conseguimos chegar a patamares impensáveis, as pessoas podem nos desiludir de uma forma incalculável. Todos pensamos que conhecemos a pessoa com que estamos, que sabemos como vai reagir perante uma determinada situação, mas por vezes somos surpreendidos de tal forma, que parece que o mundo se acabou de abrir aos nossos pés e que estamos prestes a cair no abismo que está há nossa frente, só que tudo depende de nós, somos nós que tomamos as nossas decisões, somos nós que dizemos basta, basta isto tem que parar. Ontem já o fiz... Desiludiste-me como nunca ninguém o fez e já houve muita gente a fazê-lo, em todos os campos.
Quando pensamos que a pessoa com quem estamos é uma pessoa integra e ela própria o afirma, que se rege por certos princípios nobres e dignos de serem seguidos, confiamos, entregamos-nos de uma forma sincera, sem qualquer objecção, afinal de contas confiamos nessa pessoa, sabemos que mesmo que se as coisas acabarem ela vai-nos respeitar, mesmo que as coisas acabem, que irá pelo menos cumprir o seu "luto", mesmo que tenha acontecido de uma forma pacifica, sem que houvesse um virar de costas definitivo, não se espera que passado alguns dias ela já esteja enfiado numa cama com outra... Isso não é ser digno, é ser um hipócrita da pior espécie, que ainda se atreve a dizer que somos o mais importante para ele.
Ontem desiludiste-me, mais que tudo... Não és igual a todos os outros, pelo menos aos meus olhos não o és, aquilo que nutro por ti é diferente em todos os campos, é único... Mas tu começas-te a tornar em alguém comum, começas a ser igual a todos os outros e a verdade é essa. Dizes que não, que és diferente dos outros, mas quando és posto há prova em que não devias falhar, em que pela integridade com que tanto afirmas ser regido, devias rumar num caminho, tu escolhes o que toda gente escolhes, és igual a todos e só eu sei como isto me magoa por dentro, como me sufoca pensar isso de ti, ver-te desta forma, sendo tu quem és... Só que não me deste outra alternativa e mostras-te-me quem és da pior forma, magoando-me, trocando-me por alguém que tu próprio não sabes o que queres ter com ela. Enquanto falava contigo duas palavras me ocorreram, nojo e ódio, era isso que estava a sentir ao olhar para ti, ao ouvir-te dizer o que estavas a dizer, ao ver-te ali encostado aquele poste a falar comigo e a gabares-te de todo a dignidade que possuías e da forma recta como ages. Ficas indignado com tudo o que te disse, da maneira como sou directa a dizer-to, sem te ocultar a surpresa e a desilusão com que olho para ti, não fiques, não tens esse direito, és a pessoa que menos direito tem nesta história de se sentir indignado, pois és tu que te encontras na posição predilecta. És TU que te deitas todas as noites a sorrir, a sentires-te bem, que dormes sem qualquer problema e sou eu, que a meio da noite choro, que possuo esta dor que não quer sair do meu peito, que sofro de te ver com ela e que tenho de agir da melhor forma porque tu és o meu melhor amigo...
Caro, foste o segundo a desiludir-me pela igualdade que possuis com todo o resto e o que me deixa mais triste, não te aperceberes de como és e ficares magoado quando te digo o que não queres ouvir, a verdade...
Feliz fiquei ontem, quando finalmente e depois de ter tido a conversa que tive contigo, não deitei nem uma lágrima por ti e hoje não acordei a querer mandar a mensagem de desculpas, como sempre o fiz, não acordei a sentir-me mal por aquilo que disse... Não me arrependo de uma única palavra que disse, perdi pontos, deixa já somos dois, já não ocupo o mesmo espaço, era inevitável que mais tarde ou mais cedo isso acontecesse, que tenha sido mais cedo. Agora ergo a cabeço e peço ajuda para aguentar e ir em frente com a minha decisão.

Quem és tu?? Desiludiste-me.... Nunca vais ler isto, mas é o que corre no meu deepinside...

domingo, 11 de outubro de 2009

Nem sei....

Tenho tanto para dizer, tanto para perguntar, mas forço-me a mim mesma para não o fazer... Tinha prometido a ele e o mais importante a mim mesma, que iria aguentar, que iria ser forte o suficiente, para não fazer perguntas, para esperar que fosse ele a tomar a iniciativa e falar. Digamos que estou de certo modo a testá-lo, a ver até que ponto ele esconde, ele finge, ele mente. O medo assombra me, pois bem sei até que ponto ele é capaz de ir e cada vez começo mais a ficar ciente do ponto, vê-lo a desviar o assunto, é fácil de perceber, afinal de contas eu já fui a perita em desviar o assunto, em fugir à pergunta, em andar à roda com o assunto, sem dar resposta em concreto, ainda hoje o faço...
Não o culpo de nada, até lhe gabo a atitude que teve em me ter aberto o jogo, mas a verdade é que me pergunto se ele o tinha feito se eu não me tivesse apercebido do que se estava a passar?!
As perguntas surgem-me em enxurrada, sem aviso de recepção, atormentam-me constantemente o pensamento, tenho que utilizar esquemas para as contornar, tenho que me tentar distrair, tentar acreditar em algo que me surge na hora, que me diz o contrário. Odeio esta dor, é tão incomoda, tentas parecer bem, mas está sempre ali alguma coisa que nunca te deixa estar a cem por cento....
Será que é melhor ficares na ignorância e não saberes nada? será que doí menos? perguntas e mais perguntas...
é difícil te abestraires de uma coisa que teima em estar sempre ao teu alcance, sempre a dizer-te coisas que são boas de ouvir, nas melhores alturas de se ouvirem...
Tenho a sensação que em breves momentos a minha cabeça vai falhar, vai entrar em curto circuito, porque não dá, são imensas as perguntas sem respostas e são imensas as coisas que não percebo... Como é que alguém que diz não gostar de ti para namorar, não te vê como namorada dada a amizade ser tão grande te diz que casava contigo?! Estranho, não?! isto sou eu que não entendo, mas isto sou eu...
A verdade é que por estúpido que pareça, eu defendo-o, não o tento manchar em frente aos outros, chego até a inventar desculpas para que os outros entendam algo que nem eu própria entendo, uma desculpa que nem eu acredito, mas que serve para o deixar bem.... Apetece-me de certa forma fugir daqui, ir para longe, para outro mundo, sei lá, só sei que queria sair daqui, ter um tempo só para mim, perceber que estar sozinha não é nada demais, que não há nada de que ter medo. Apesar de passar a ideia de que sou alguém seguríssima do que quero, de como estou, a verdade é que é tudo mentira, sou frágil, sou alguém que precisa que tomem conta dela, sou alguém que precisa que lhe digam que gostam dela, que lhe digam que estão sempre ali para ela.... E ele faz isso tudo, porque?!?! Odeio e gosto dele ao mesmo tempo.... Tirem-me esta coisa que me aperta o peito, tirem....
Preciso de algo que me faça parar, a verdade é que preciso de alguém, tenho um medo terrivel de ficar só, de nunca mais ter ninguem... Estou uma confusão, nem sei se algum dia fui apaixonada por ele, ou se sempre o fui e ainda não o percebi...
Só peço que alguem me guie e que finalmente a verdade me caia toda em cima, prefiro assim, detesto quando me fazem bater com a cabeça por partes.... É o pior... É me mais facil se me disserem, "sim tou interessado nela e pronto" e eu fico engolo e não digo mais nada. Não como fazem "ai não, ai não sei" mas depois vão ter com ela...

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Era uma vez.... A menina da lagrima

Era uma vez uma menina que apenas queria ser feliz uma vez que fosse, que houvesse realmente alguém que gostasse dela, uma pessoa que lhe desse o devido valor, que cuida-se dela. Queria puder viver uma verdadeira história de amor.
Aos dezassete anos muda-se para outra terra, para iniciar mais uma fase da sua vida, vê-se obrigada a conhecer novas pessoas, o que para ela é muito bom, pois acaba de sair de uma relação, que realmente de relação nunca teve nada.
Esteve três anos apaixonada por uma pessoa, que nunca lhe deu o mínimo valor, trocou-a por uma miúda que simplesmente queria andar com ele só para a provocar. Um dia a menina decidiu que aquilo tinha que acabar, não podia continuar naquela angústia, tentando todos os dias parecer estar bem, quando não estava e assim no dia dos namorados pos fim naquela relação que nunca foi relação. Após alguns dias de ter deixado a sua terra, veio a saber que o rapazito por quem ainda era apaixonada (ou mesmo obcecada, pelo menos, hoje em dia põe essa hipótese) estava gravemente doente, o que a fez ter uma recaida e querer voltar a correr para os braços dele e mais uma vez foi iludida e gozada, finalmente acabou mesmo tudo e seguiu com a sua vida para frente.
Durante esse tempo, nessa nova terra, onde conheceu novas pessoas, conheceu alguém muito especial, (um rapaz), com quem criou algo novo e único, uma pessoa que como se costuma dizer parece que esteve sempre ali, desde que se nasceu. As coisas foram evoluindo aos poucos, falavam de tudo, de gajos de gajas, do que pensavam do futuro, do que pensavam do presente, de como viam o mundo, de como viam aquilo que os rodeavam, partilhavam sonhos, contavam tudo um ao outro. As pessoas começaram a vê-los como namorados e faziam questão de dizerem isso, por muito que dissessem que não tinham nada e que eram apenas bons amigos, ninguém acreditava, a verdade é que era assim que se viam...
Após algum tempo e com a relação que tinham, com a cumplicidade e tudo mais, deram o seu primeiro beijo, depois de muitas tentativas por parte do rapaz, por volta de seis a sete noites a dormir com ela e a tentar arrancar-lhe um beijo e ao som de uma musica adaptada por ele, (venham mais cinco beijokas que eu pago já). A menina ficou muito envergonhada sem saber o que dizer ou o que fazer e o rapaz disse-lhe que iria para sempre guardar com ele aquele beijo e a honra dela lhe ter permitido aquele beijo (o seu primeiro verdadeiro beijo). Passado alguns meses do beijo voltaram a estar junto e voltou a guerra para dar um novo beijo. a verdade é que estes dois meninos, passaram as fases todas juntos, não saltaram nenhuma parte, foram aos poucos e poucos, ele costumava-lhe dizer que ela tinha sido a unica com a qual ele passou as fases todos. O beijo, o deixar tocar, o entregar sem duvidas, o acreditar e por ai...
Um dia em Dezembro o rapaz declara-se e eles iniciam um pseudo namoro que dura 10 meses, com altos e baixos. E um dia entra outra pessoa e destrói tudo, destrói o sonho da menina, tudo em que ela acreditava desvanecesse. As lágrimas começam a ter vontade própria, a menina cai numa dor, sentiu-se trocada por uma pessoa que entrou sem se saber de onde vinha e que não descansou enquanto não teve aquilo que quis. O rapaz continuou-lhe a dizer que gostava dela, que ela era a prioridade e que era a pessoa com quem mais se orgulhava ter estado, mas a verdade é que a menina não conseguia acreditar e aceitar.
Hoje a menina está em prantos a tentar manter-se firme, a tentar esquecer uma pessoa incapaz de ser esquecida, pois trata-se do seu melhor amigo, foi com o seu melhor amigo que teve a relação que teve. Alguém que está a toda a hora com ela, que ela vê todos os dias, que a abraça, que lhe dá mimos, que lhe dá beijos, alguém que ela vê todos os dias agarrado ao telemóvel a mandar sms a outra... E ela chora... foge de toda gente quando as lágrimas começam a ameaçar cair, quando não quer que ninguém a veja a deslizar, mas está difícil para ela conseguir suportar toda essa dor. Chora durante a noite em silêncio, anseia por quem a agarre do fundo do posso e a traga até a tona da água e lhe diga que nunca a vai abandonar...

E essa menina sou eu.... A menina da Lágrima...